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ARRANJADOR

Todas as peças que o Coral da Sabesp cantou sob sua regência eram arranjos exclusivos do Estevão Maya-Maya para canções da MPB. 

YAN KAÔ e a Construção de "SENHÊ"

(Estevão Maya Maya e Padinha)

Uma música tradicional, um cântico de escravos que era cantado pelo meu antigo grupo, o Kangoma. Em 1982, a gravadora Eldorado reunia em seus estúdios três das majestades negras da música popular brasileira: Tia Doca da Portela (pastora da Velha Guarda), Geraldo Filme (o primeiro-nome do samba paulista), e a Rainha Quelé, Clementina de Jesus. O projeto de Aluízio Falcão com direção musical de Marcus Vinícius e percussão de Papete viria a se tornar um dos mais antológicos álbuns da música popular: O canto dos escravos.

Tratava-se da primeira gravação de 12 cantos de trabalho (ou vissungos) recolhidos na década de 1930 pelo folclorista mineiro Aires da Mata Machado Filho na região de Diamantina, no Norte de Minas Gerais. O grande maestro Estevão Maya Maya adaptou essa linda canção, que fala do escravo preso em sua cela, pedindo para a Lua (Senhê), que mande o espírito do sacerdote (Mbanda), para que com seu raio de luz entrasse pelas frestas do cativeiro e lhe desse a liberdade.

 

 

 

SENHÊ

 

Lua da terra distante

Que brilha que nem diamante

Vai acordar o Sol

Prá vir com sua alegria

Furar o buraquinho do dia...

 

Ai, Senhê...

Ai, Senhê...

Duimbanda, fura Buraquinho, Senhê

Korimbanda, fura buraquinho, Senhê

 

 

Yan Kaô: Voz, Bateria;

 

A Construção:

 

Américo Freiria: guitarra e vocais;

Maurício Verderame: baixo, vocais e timbalitos:

Armando Luiz: didjeridoo e timbal;

Anabel Andres: vocais, teclados e chocalhos;

Zé Márcio: viola, vocais e surdões;

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© 2022 por Mauricio Conforto

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